Desde o lançamento do trailer, I’m Your Moon chamou atenção por parecer um GL tailandês sensível, com uma proposta poética e emocional. A fotografia suave, o uso de metáforas lunares e o tom aparentemente introspectivo me fizeram acreditar que essa seria uma daquelas histórias que deixam marcas. Mas, infelizmente, o que veio depois foi um banho de água morna, ou melhor dizendo, gelada.
Com roteiro frágil, ritmo arrastado e uma falta de química gritante entre o casal principal, a série não conseguiu sustentar a expectativa criada. A narrativa prometia algo profundo, sobre amor, identidade e reencontros, mas o que se viu foi uma trama desconectada, com diálogos pouco inspirados e uma direção que não soube explorar as emoções das personagens.

Um dos pontos mais frustrantes em I’m Your Moon é que a premissa tinha potencial. A base da história não é ruim, pelo contrário. Em mãos mais cuidadosas, poderia ter sido uma série tocante, dessas que fazem o espectador refletir. Mas tudo parece ter sido feito no piloto automático. As protagonistas, que deveriam carregar o peso dramático da trama, não conseguiram criar uma conexão real com o público. A atuação era hesitante, a troca entre elas, forçada. Em muitos momentos, era impossível acreditar naquele romance. A química, que é o coração de qualquer história sáfica, simplesmente não existia.
Curiosamente, o casal secundário conseguiu o que as protagonistas não entregaram: sintonia. Apesar de menos tempo em cena, transmitiram mais verdade, mais naturalidade. Isso apenas reforça que o problema principal da série não estava no enredo em si, mas na forma como ele foi conduzido.
Essa não foi só uma percepção isolada. Nas redes sociais, especialmente nos Threads, outras pessoas demonstraram a mesma decepção. Muitos assistiram até o fim por insistência ou por esperança de que algo mudasse. Não mudou.
I’m Your Moon é um exemplo claro de como o gênero GL, em crescimento, ainda enfrenta desafios. A demanda por histórias bem contadas, com representatividade e sensibilidade, existe. Mas isso precisa vir acompanhado de roteiros sólidos, elencos em sintonia e uma produção que respeite a inteligência emocional do público.
Infelizmente, essa foi uma lua que não brilhou. E que dificilmente vai deixar saudade.
O GL contou com 8 episódios que estão disponíveis no site da IQIYI clicando aqui.
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