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(2025) Fanservice na Indústria: Entre Contrato e Carinho – Perspectivas dos Artistas

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A gente sabe que a representatividade vem quebrando barreiras e ganhando cada vez mais holofotes na mídia. Para nós, fãs de obras dos gêneros Boys Love (BL) e Girls Love (GL), fica nítido o crescimento do público que consome essas produções e podemos arriscar dizer que o fanservice tem um papel significativo na conquista de fãs, até porque adoramos suspirar por casais nas telinhas e ver uma interação tão próxima na realidade, traz um quentinho pro coração sim. 

Fanservice está em todos os lugares: 

Tinta 34, FormaNa realidade, a indústria do entretenimento mundial, mas principalmente a asiática, tem o tão falado fanservice como parte de uma cultura, sendo praticamente onipresente. Uma vez que ele atinge desde grupos de K-pop, a atores, modelos e até mesmo jogos, mas o que realmente significa esse termo? Em uma busca rápida no Google, encontraremos várias definições que nos levarão a um mesmo ponto. “Histórias, personagens, ações, etc., que estão incluídos em um filme, programa de televisão, jogo de computador, história em quadrinhos, performance, etc. a fim de agradar seus fãs”. Em tradução literal, seria apenas um serviço para fãs, assim como diz o Cambridge Dictionary. Porém, as coisas se intensificam quando falamos das produções BL. 

Fanservice virou rotina? 

Já estamos acostumados a ver atores e atrizes que interpretam um casal em centenas de momentos adoráveis e com direito a alguns bons flertes. Eles aparecem frequentemente juntos, seja cumprindo suas agendas oficiais, nas férias, curtindo viagens, festivais de música ou frequentando restaurantes. O que, de certo modo, se torna difícil para uma grande quantidade de fãs diferenciar o que realmente é uma boa relação de trabalho, amizade, parceria ou até mesmo relacionamento amoroso de uma relação teatral baseada em um contrato. Isso nos leva a questionar até que ponto isso é um serviço para fãs e como isso impacta na vida dos nossos artistas favoritos. 

Ah, as teorias… 

Ok, já sabemos que eu amo suspirar pelos meus “favs” e confesso que às vezes já fui iludida e desiludida com alguns “couples”. Mas vamos a outro ponto diretamente relacionado com esse. Quem é assíduo nas redes sociais, principalmente no [inserir plataforma específica], já deve ter até se cansado de ver inúmeras threads que tentam provar que um casal é real ou que, na verdade, eles se odeiam e só fazem tudo isso por contrato. Ou até mesmo “exposeds” de artistas com um suposto namoro que não é com o seu parceiro de trabalho. Todo esse murmurinho inevitavelmente gera reações. Os fãs que concordam e discordam acabam entrando em uma onda de defesa e ataque, gerando discussões simples e fáceis de resolver até acusações e ataques graves. Não só uns com os outros, mas atingindo a imagem e integridade dos artistas, inclusive, que cada vez mais vêm mostrando conhecer a situação e expondo suas opiniões acerca disso. 

Vamos aos exemplos

fanservice

Há poucos dias circulou no X uma postagem dizendo: 

[20.01] “Não existe um amor tão puro como o de uma jovem garota que ama um jovem garoto que vende imaginação. Ela sabe que foi enganada, mas uma fração do seu coração faz acreditar plenamente nisso.” 

Acredito que poucos esperavam uma resposta vindo disso, mas horas depois o ator Noeul Nuttarat se posicionou falando sobre sua relação e sentimentos com Boss e aos fãs. 

“Do coração de um jovem? É tipo assim, quero dizer que não estamos enganando. Isso é parte do que somos nós. É o Boss e Noeul e mesmo sem câmeras, somos assim. É normal. As pessoas ao nosso redor sabem. Mesmo que não seja doce como um romance, nós somos amigos que se amam, se preocupam, brincam um com o outro, porque se amam. Há momentos em que discutimos, mas no final continuamos juntos. É um tipo de vínculo. Sim, pode ser uma apresentação no palco, mas ele realmente ama a todos. Você sabia que ele nunca me enganou? Ou brincou com os sentimentos de alguém. O amor de vocês é muito precioso para nós. Eu os amo e sou sincero, assim como todos são sinceros conosco.” 

Também foi ao ar recentemente uma entrevista do Coheart sobre “Os Desafios de Atores LGBTQIA+ em séries Boys Love”, onde foi questionado sobre sua opinião sobre a venda de fanservice. O ator então respondeu: 

“Sinceramente, houve um tempo em que produtores e atores viam a ‘venda de fanservice’ como algo positivo. Hoje em dia, percebo que isso diminuiu bastante. As interações se tornaram mais naturais e já não se força a criação de momentos artificiais. As pessoas acabam percebendo quando algo é falso, e por isso essa prática tem sido menos frequente.” 

Um exemplo mais delicado é quando um casal se afasta e as cobranças são intensas, é o ator Mew Suppasit que respondeu aos questionamentos sobre a relação com seu ex-parceiro de trabalho, Gulf Kanawut, que estrelaram a série TharnType. 

Mew diz: 

“O que eu fiz para fazer você pensar assim? Já disse muitas vezes que não falo com ele há quase 2 anos. Vocês mesmos pensaram nisso e me culparam. Sinto muito por fazer fanservice no passado, mas sempre seremos apenas irmãos.” 

Tradução do tailandês para inglês por bltai.com  

“Tem muitos fãs-clubes de casais que são amáveis e legais e eu realmente aprecio isso. Eu já falei que você pode imaginar porque é o seu próprio espaço. Mas alguns de vocês não conseguem separar entre ‘realidade’ e ‘imaginação’ e nos culpam por isso. Isto não está certo. É por isso que a educação é importante. Vou deixar isso para o governo.” 

Tradução do tailandês para o inglês por bltai.com  

“Muitas pessoas estranham, querem ouvir a verdade mas quando não é o que querem ouvir, dizem que você não está mantendo a benevolência. Quando você fica em silêncio, eles pedem respostas. Começam a imaginar e então acaba se tornando uma notícia falsa. Serviço de linha direta de Saúde Mental 1323.” 

Traduzido por:  bltai.com 

Mew foi muito criticado pelo afastamento e principalmente pela maneira que falou sobre isso aos fãs, sendo descrito como rude e ingrato e no seu penúltimo post pediu desculpas pelo modo que lidou com o fanservice anteriormente e por ter desagradado aos fãs. 

“Este é o último de verdade, no passado eu não sabia e não percebia os problemas e consequências que vêm do fanservice. Fui ensinado a responder vagamente até o dia em que percebemos e paramos de fazer isso por 2 a 3 anos, porém, ainda está lá. Eu admito e gostaria de pedir desculpas do fundo do meu coração. Se você acha que meus tweets não são apropriados ou o deixam chateado, peço desculpas por qualquer inconveniente causado por isso.” 

Finalizando, a gente sabe que na indústria, o fanservice tem o molho e, apesar da galera ficar no impasse sobre ser real ou não, rolar muitas tretas nas redes sociais, teorias da conspiração e acusações pesadas. Muitos artistas estão tentando ser mais abertos com o público, e cabe a nós o acolhimento, quem sabe assim as coisas começam a mudar mais depressa. 

Fontes : 

Leia mais em: Media And Society 

Bobby Ribeiro
Author: Bobby Ribeiro

Mineiro, nascido em 1991. Formado em Administração de Empresas e em Pedagogia pela Universidade Católica de Brasília. Fundador e Administrador da Boys Love Brasil Company.

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